domingo, 3 de janeiro de 2010

Os Girassóis



Vincent Van Gogh pintou em Arles, na França, entre agosto de 1888 a janeiro de 1889, uma série entitulada Girassóis, composta de sete telas. Sua intenção era decorar uma parede azul de sua sala, onde receberia o amigo Paul Gauguin. Esta é considerada uma de suas melhores e mais criativas fases e refletiam também o turbilhão de emoções e crises pessoais que vivenciava na época, culminando com seu suicídio, em 1890. Destas sete telas, uma foi destruída durante a segunda guerra, em 1945 e outra se encontra numa coleção particular nos Estados Unidos. Tive o privilégio de conhecer as outras cinco em Tóquio, Londres, Chicago, Munique e Amsterdã. Meu pai sempre foi um admirador das artes, pintando ele próprio várias telas, passando a mim a sua paixão e sempre citando Van Gogh como um exemplo de artista único. Confesso que foi uma emoção bastante grande ao ver todas as pinturas, que infelizmente foram separadas no decorer dos anos. Uma experiência única, como se fossem cinco irmãos separados e que moram em diferentes continentes. Apesar de todo o seu drama pessoal e das dificuldades que passou, foi capaz de captar as singularidades de um simples vaso de girassóis e transformá-lo numa explosão de emoções fortes e sentimentos que guardava dentro de si. Como muitos artistas reconhecidos somente na posteridade, vendeu apenas um quadro em vida a seu irmão, Théo por 400 francos e um dos quadros desta série, 100 anos após a sua morte, foi vendida a U$ 39 milhões. Mas independentemente de valores, o que mais me marcou foi uma frase que disse a seu irmão Théo, quando já estava bastante debilitado: Meu melhor quadro é aquele que imaginei deitado na minha cama, através da fumaça do cachimbo e que nunca cheguei a pintar.


E o seu melhor quadro, qual é?

sábado, 2 de janeiro de 2010

2010 DO SEU JEITO


O ano novo começa e embora muitos sonhos e projetos tenham se concretizado ano passado, outros tantos continuam este ano. O emprego que não conseguiu, o carro que não trocou, o vestibular que não passou, o grande amor que não apareceu. Mas até que ponto você realmente batalhou por cada um deles? Querer é poder, uma grande verdade, mas qual a fórmula, a receita para chegar lá? Ser original. Então por que não se dar a chance de se abrir para o novo? Por que sempe temos que nos basear na felicidade de outros para bucarmos a nossa? Infelizmente temos a visão equivocada que tudo que é belo e atrativo é o nosso ideal de perfeição. Lembro que visitando o museu Rodin, em Paris, descobri que suas obras haviam sido muito discriminadas no início de sua carreira por terem um aspecto rústico e mal acabado. Na realidade, então, a sua genialidade estava justamente em despertar em seu expectador uma técnica criada na época Renascentista por Donatello e muito utilizada por Michelângelo, o conceito non finito, onde ele esculpia parte da obra e o restante ficava quase que encrustado no bloco do material utilizado, dando a chance a cada expectador a visão final de sua obra, cada um com seu gosto pessoal, sua criatividade e com o seu próprio ideal de beleza. Não se esqueça que a beleza está justamente nos olhos de quem a vê. E é isso que desejo a cada um de vocês: que neste ano novo, vocês possam também enxergar e visualizar a sua própria beleza e encontrar o caminho para a própria felicidade. Do seu jeito e com o seu talento para ser muito Feliz.