sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Bicicleta



Neste ano que fiquei mais próximo dos meus sobrinhos que voltaram do Japão é que finalmente descobri a importância de deixar aflorar nossos sentimentos mais profundos, como o amor ao próximo, a ter consciência de realmente se fazer o bem e também relembrar meus melhores momentos da infância.

Cada um tem a sua própria história e por mais "normal" que tenha sido, existem sempre aquelas que nos pegam de surpresa e nos fazem rir à toa ou trazem uma emoção há muito esquecida.
Lembro muito do dia que ganhei minha primeira bicicleta. Até então eu só tinha um triciclo, do tipo Velotrol (quem tem mais de 30 anos deve se lembrar..) e me incomodava ter que andar com aquelas rodinhas laterais para dar suporte que impedia a gente de cair. Pois bem, meu pai, vendo isso, me disse:
"Hoje você vai aprender a andar de bicicleta!".
"Ótimo!", pensei. Mas parecia ser tão difícil...
Antes disso e para o meu pavor, ele desparafusou as rodinhas laterais e mandou me apoiar na parede e ir pedalando sem parar. No início ele me segurava para não cair e comecei a pedalar, pedalar, sem parar... A parede ficou limitada demais para mim e de repente estava pedalando, dando voltas pelo quintal... Livre das paredes e das rodinhas de sustentação...
Foi uma alegria enorme e meu pai ria, dizendo: "Pronto, agora você já sabe andar de bicicleta!".
Quando contei este fato aos meus sobrinhos, eles disseram simplesmente: "Ahamm" e não entendiam como eu me divertia tanto contando aquilo, o que prova o quanto aquilo foi importante para mim, mas que para algumas gerações depois isso não tinha muita importância.
Mas aos poucos fui conhecendo-os melhor e foi muito mais fácil saber como encantá-los e fazê-los sentir mais crianças do que nunca, fazendo de mim um verdadeiro tio coruja, junto com a minha irmã, que não poupou esforços e várias mudanças de hábitos para se sentirem muito queridos.
Tudo isso foi muito importante para me aproximar dos meus sobrinhos e também, para me sentir uma criança tal como eles e, num futuro, ter mais histórias para contar.
Cultive sempre seu lado criança: ria pra valer e se divirta quando tiver vontade, lembre sempre dos seus melhores momentos de quando era criança e que tudo, tudo mesmo era possível.

Texto criado em 22 de Outubro

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Time After Time


25 de junho, 22h30… volto da aula e fico sabendo da morte de Michael Jackson.
A princípio o choque, a surpresa, o susto.. e depois a tristeza...
Lembrei das músicas dele que marcaram muitas fases da minha vida e sorri, pois me ajudaram a suavizar as dores de um amor não correspondido, a sorrir quando achava que tudo estava perdido.
Pensei nas inúmeras estrelas e personalidades que também já partiram, desde Dean, Presley, Diana, Marilyn, Gandhi, Piaf até Farrah Fawcett.
Uma grande amiga comentou: “Estamos perdendo nossos ícones”.
Apesar de todos os defeitos e conflitos pelos quais ele passou, quem é que não os tem e tem que conviver com isso da melhor forma, todos os dias, independentemente de ser uma estrela ou não?
O tempo é implacável e se deixamos de realizar algo isso nos será cobrado de alguma forma. E se o fizemos e nos esforçamos, por outro lado, há o reconhecimento. Nossos ícones e ídolos não fogem desta regra.
Quero falar de uma cantora norte-americana chamada Eva Cassidy.
Era muito tímida e instrospectiva e cantava vários ritmos desde jazz, blues, folk, gospel até pop music, o que a fez ficar bastante conhecida por toda a região em que morava.
Apesar de tantas qualidades, nunca conseguiu um contrato formal com uma gravadora, pois se recusava a ser enquadrada num gênero específico de música.
Finalmente em janeiro de 1996 lançou seu primeiro álbum solo. Em julho do mesmo ano descobriu que estava com câncer, falecendo precocemente em novembro, aos 33 anos. Após 2 anos de sua morte, foi lançado um CD póstumo, Songbird, que se transformou rapidamente em líder nas paradas do Reino Unido.
O sucesso e o reconhecimento podem não ter chegado a tempo, mas ela fez por merecê-lo.
Talvez isso não a torne uma ícone, mas alguém para ser lembrado. E respeitado.
Minha música predileta dela é Time After Time, originalmente gravada por Cyndi Lauper.
Se as músicas do Michael me ajudaram a suavizar uma dor e a sorrir, esta me ajudou a colocar as lágrimas para fora, me fazendo sentir bem e mais preparado para ser um melhor filho, amigo, irmão, tio e encarar da melhor forma o que for necessário. Ouça esta linda interpretação, sem efeitos especiais, sem nenhuma produção de Hollywood, tal como nossa vida é e concorde comigo: Nada como Time After Time.
http://www.youtube.com/watch?v=SMznNlfLXP4

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dia do Amigo


Você deve ter achado que eu tinha esquecido deste dia, não?
Nada disso...
Acho que tava escolhendo as melhores palavras para descrever o meu sentimento de Amigo.
E pensei comigo mesmo: Qual o valor de um Amigo?
Pode-se medir o valor de uma verdadeira Amizade?
Nestes últimos meses me dei conta da importância de se ter um amigo.
Quando ele entende e respeita nosso silêncio.
Simplesmente por estar ali.
Quando te sorri, mesmo quando o mundo inteiro faz o contrário.
Aquele que não te ampara quando você chora, mas que evita a todo custo que você chore.
Quando te surpreende com uma ligação naquela hora mais difícil.
Que te carrega no colo quando o dia-a-dia te dá "aquela" canseira.
Quando diz que te ama, mesmo sem palavras.
Por não nos abandonar quando a carruagem se transforma em abóbora.
Quando faz da distância uma aproximação.
Chego à conclusão que não temos como medir o valor de um verdadeiro Amigo.
Ele simplesmente não tem preço.
A foto acima representa a minha Amizade a você, que está junto a mim neste caminho, que é a nossa Vida!

Texto criado em 20 de Julho de 2009.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Felicidade


Deitado em meu sofá azul com as pernas para cima num final de tarde de domingo, o sol radiante se pondo no horizonte por entre as nuvens e a minha música preferida tocando ao fundo, penso comigo mesmo:

É isso aí, a pura Felicidade!

Não exatamente o tipo de felicidade que procuramos no amor ou no trabalho, por exemplo, mas algo menor, aquele sentimento que encontramos nas coisas mais simples, como um lindo peixe prateado, nadando bem próximo de nós, pronto para ser fisgado.

Pensei comigo mesmo: - Existe algo sobre a felicidade que de alguma forma nos impede de sermos felizes o tempo inteiro?

Ou a felicidade seria algo como um visitante, que vem e que vai, no momento que quer, sem dar maiores explicações?

Quando levantei a questão junto a meus amigos, descobri que o assunto estava muito mais próximo de ser o pequeno peixe da felicidade e não o temível ser das profundezas.

Dentre as inúmeras respostas e colocações, eles me disseram que felicidade é:

Reencontrar alguém que você ama após um longo tempo.
Sentir o cheirinho de café fresco, acabado de passar.
Voltar para casa e ver a luz da secretária eletrônica piscando.
Comemorar consigo mesmo uma conquista muito esperada e a duras penas.
Sentir pela primeira vez o coração de seu filho bater.
Ver com orgulho o nome de sua filha na lista de aprovados.
Acordar mais tarde num domingo chuvoso.
Estar junto de um amigo que lhe quer muito bem. Mergulhar sozinha num mar calmo.
Se enrolar num cobertor bem quentinho numa noite de inverno.
Quando você se pega rindo à toa, sem saber o por quê.
Descer um barranco com papelão de geladeira, feito criança.
Almoço de domingo, com comida da mamãe.
Encontrar um antigo bilhete de sua filha dizendo que te ama.
Receber as chaves da sua primeira casa.

O que é mais maravilhoso acerca da felicidade é que se você não a encontra, ela acaba encontrando você.

Como posso explicar a maravilhosa sensação que tive quando minha sobrinha Yukari veio a mim no dia que ia se mudar para o interior e disse que sentiria a minha falta?

Eu me senti Feliz.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Elevador Invisível

Este blog foi criado hoje, 16 de novembro, segunda-feira, em Curitiba, na casa da Cléo, uma grande amiga que não encontrava há anos.
Superado o desafio em escolher um nome ainda não utilizado pelo domain, escolhi o Elevador Invisível, que foi uma das imagens de um sonho que tive ontem.
Nele, me via subindo lentamente sobre um salão enorme, cheio de pessoas circulando e interagindo. Eram todas conhecidas, pareciam felizes e por incrível que pareça conseguia escutar tudo que conversavam!
Assim como este elevador, que o blog seja um meio para que vocês me conheçam melhor, dividir meus pensamentos, emoções e comentários sobre a vida que nos cerca, além de diminuir as barreiras entre diferentes mundos e pessoas.
Que você também faça parte desta caminhada!

Um Forte Abraço,
Enzo!