Ontem a equipe de ginástica olímpica se despediu das Olímpiadas 2012 de Londres. Uma das atletas que me chamou a atenção, em especial, foi Daniele Hypolito. Uma das responsáveis pela classificação do Brasil nas competições pré olímpicas, estava irreconhecível ontem. Estreou com as competições de solo, onde caiu duas vezes. Nas competições a seguir, ao invés de mostrar uma atitude positiva e otimista diante das falhas da apresentação anterior e ciente da desclassificação no dia anterior de seu irmão caçula, Diego Hypolito, mudou o semblante para uma cara fechada, mau humorada e nada simpática, até o final das apresentações. Na competição de salto, logo a seguir, falhou na saída, perdendo vários pontos e na trave fez uma apresentação medíocre diante de todo o seu histórico de medalhas e conquistas. Contribuiu para que o Brasil fosse classificado em último lugar, dando adeus ao sonho de lutar por uma medalha em equipe. Tal atitude, todavia, não se viu nas outras atletas brasileiras, algumas em sua primeira participação em uma Olimpíada. Havia alegria em seus olhares, uma disposição que não se deixou contagiar pelas notas baixas ou pelos imprevistos nas apresentações. Apesar de todos os contratempos que possamos ter e a sensação de incapacidade momentânea, a atitude com que enfrentamos qualquer obstáculo é nos faz engrandecer e seguir adiante. Podemos imaginar que a conquista de uma medalha é o objetivo de todo atleta. Me arrisco a afirmar que não. O esforço pelo condicionamento físico, treinamento e dedicação constante e a superação de seus próprios limites é o verdadeiro objetivo de cada atleta. Tirar proveito de situações acima e aprender com elas: Essa é a grande diferença!
