A primeira vez que vi a pintura acima, em grafite, de Edward Burne-Jones, "São Jorge lutando com o dragão", exposto no British Museum, pensei comigo mesmo: Por que há sempre a presença de uma dama presenciando a luta dos dois, na maioria dos quadros e ilustrações de São Jorge?
Dentre as várias lendas a respeito, segue a que mais me impressionou: "Numa região bem distante, um horrível dragão saía das profundezas de um lago toda semana e se atirava contra os muros da cidade trazendo a morte com seu fogo mortal. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Num destes sorteios, coube à filha do Rei ser oferecida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da querida filha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge. O valente guerreiro desembainhou a espada e em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, diante da população admirada pelo grande feito. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo em nome de Cristo, para vencer o dragão."
É a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade, o verdadeiro guerreiro da fé.
Admiro muito este grande santo, pois nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar nem fugir do bom combate!
"São Jorge, vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas."
